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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

RECONHECIMENTO

Saiu na Revista Revide do dia 27/12/2013, o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido e a comemoração dos 30 anos da existência de nossa unidade escolar.Clique no link para visualizar a publicação de nosso Jubileu na Revista Revide. http://revide.com.br/gerais/691-jubileu-de-perola/

Jubileu de Pérola
No último dia 06 de dezembro a Escola Irene Dias Ribeiro, localizada no bairro Geraldo de Carvalho, celebrou seu Jubileu de Pérola com a presença de autoridades políticas, educacionais, professores, alunos, ex-alunos e pais, além de colaboradores da escola. Fundada há 30 anos, em 1º de março de 1983, em nove casas cedidas pela COHAB, na rua Javari, a 2ª Escola Estadual de Primeiro Grau da Divisão Regional de Ensino de Ribeirão oito meses depois viria a ser denominada pelo governador Franco Montoro “Professora Irene Dias Ribeiro”. 
A manhã foi marcada pela recepção de alunos cantores e pelas apresentações da Banda Marcial da Policia Militar, sob o comando do subtenente Rocha, e também de representantes da Cidade do Circo, entre eles, uma aluna da escola.
Entre os motivos para a celebração dos 30 anos da escola, destaque para o número de aproximadamente 45 mil alunos que já passaram pela escola e a conquista do Prêmio Gestão Escolar 2013. “Todos os envolvidos apoiaram a ideia de participarmos do concurso regional, por considerarem que o ano de 2012 foi um divisor de águas na história da escola, com 100% da equipe escolar envolvida nos projetos propostos e ano em que as metas estabelecidas foram alcançadas”, explica o professor coordenador de apoio à gestão pedagógica, Adriano Antônio Ferreira.
A seguir, acompanhe entrevista com Adriano Ferreira e a professora Maria Inês de Souza Vitorino Justino sobre os 30 anos da escola Irene Dias.
 
Ao longo destes 30 anos quais foram as principais conquistas da escola?
A escola desenvolveu vários projetos relevantes com o objetivo de propiciar um aprendizado significativo. A maior conquista é trabalhar e modo que os alunos passem a considerar a continuidade dos estudos em uma universidade pública, gratuita e de excelência como um possível projeto de vida, isto contribuiu para que muitos dos nossos alunos se tornassem excelentes profissionais.  Neste percurso, destacamos também a participação em diversos eventos culturais e a premiação em diversos concursos literários na Casa do Poeta e do Escritor de Ribeirão Preto, Academia Ribeirão-pretana de Letras, Casa da Cultura e Serviço Social do Comércio – SESC além da publicação de vários livros como “O Despertar dos Pequenos Poetas” I e II, em 1993 e 1997, Projeto Tecendo: Leituras/Leitura e Produção de Textos na Escola”, em 2008 “Antologia Poética e Contos – Mentes Criativas”, em 2012. Também temos sempre alunos classificados nas Olimpíadas de Matemática e Astronomia.  E nos esportes, principalmente voleibol e futsal, também ganhamos vários títulos ao longo destes 30 anos.

Qual a relação da escola com a comunidade?
Desde o ano de 2000, a escola passou a oferecer a Educação de Jovens e Adultos – EJA, como uma forma de garantir o direito à educação e atender à comunidade. Em virtude dessa realidade, temos alunos cujos pais reconhecem a importância da escola e participam de forma ativa no acompanhamento da frequência, rendimento, aproveitamento e educação dos filhos, mas temos também aqueles que, apesar de reconhecerem importância da função da escola, não participam de forma ativa no acompanhamento dos filhos pelos motivos mais diversos, dentre eles: a desagregação do núcleo familiar, que em muitos casos, infelizmente, há uma indefinição quanto à efetiva responsabilidade pela criação e orientação educacional do aluno que se sente abandonado pela própria família. Acreditamos que parte de nossos alunos apresentam ausência de limites, devido à carência do convívio familiar. Percebe-se uma descrença na justiça social e convicção de que só é possível obtê-la pelas próprias mãos, o que ocasiona à existência de grupos “gangs”; sérios problemas relacionados às drogas, uma vez que, a comercialização de drogas se caracteriza como um meio de sustento e “proteção” de algumas famílias, havendo em alguns casos, até conivência dos pais. No entanto, para minimizar estes problemas, devido à diversidade social, econômica e cultural dos educandos são constantemente desenvolvidas atividades sobre as diferentes formas de bullying e a necessidade de conviver com as diferenças e respeitar o seu semelhante independente de classe social, cor, etnia, sexualidade ou religião, o que contribui para uma formação consciente e que possa transformar as suas realidades.

Quais foram os maiores desafios enfrentados pela escola?
No que se refere especificamente à esfera pedagógica, a principal fragilidade da escola apresentada desde os primeiros resultados do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo - SARESP 2005 foi à questão da baixa frequência, evasão e retenção escolar, principalmente no período noturno, o que contribuía para um déficit negativo na obtenção dos resultados do ano letivo. Num trabalho em conjunto entre equipe gestora, docentes e agentes de organização escolar (inspetores) foi ( e ainda é) realizado um controle maior de frequência com o objetivo de reverter este quadro instável. No período noturno, foram diagnosticadas as dificuldades e elaborado um projeto pedagógico em caráter de urgência, com ações e metas a curto e longo prazo para revitalizar o ensino noturno. Gradativamente, com essas ações, os alunos foram retornando à escola e o número de faltas foi reduzido, o que contribuiu para a diminuição das taxas de retenção e abandono. Em 2011 a taxa de retenção chegou ao índice de 29% sobre o total de alunos matriculados e em 2012, num cenário bem diferente e animador, a mesma taxa foi reduzida para 3,6%. Analisando os indicadores de fluxo escolar do Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo – IDESP, é possível verificar que em 2011, 79% dos alunos da 8ª série do Ensino Fundamental foram aprovados e em 2012 esse número subiu para 99,5%. No 3º ano do Ensino Médio o avanço também é surpreendente: em 2011 55% dos alunos desta série foram aprovados e em 2012 o total chegou a 95%. Em 2011, a taxa de retenção no período noturno era de 38,4% e em 2012 este número foi reduzido para 12,7%. Os resultados obtidos com as intervenções feitas no período noturno alavancaram os resultados da escola no IDESP, o que elevou o ânimo dos docentes a continuar o referido projeto em 2013, porém com algumas adaptações que se fizeram necessárias. Os casos não resolvidos continuaram sendo enviados à Diretoria Regional de Ensino, ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público para as devidas providências. Outro desafio dos resultados da avaliação diagnóstica de 2012 mostrou que 42% dos alunos de 5ª séries que chegam à unidade escolar não dominam a leitura e a escrita e tão pouco realizam as quatro operações básicas da matemática e, 58% dos demais alunos da mesma série apresentavam grande defasagem de conteúdo. Os demais alunos que chegam à esta Unidade Escolar nas demais séries do Ensino Fundamental – ciclo II e Ensino Médio,  apresentam defasagem de conteúdo e grande dificuldade na interpretação,  produção de textos diversos e decodificação na linguagem matemática. O desafio das equipes gestora e docente é modificar esse cenário.
 

Homenagem
Irene Dias Ribeiro nasceu em Orlândia, dia 07 de fevereiro de 1929 e faleceu aos 53 anos de idade, em 18 de janeiro de 1982. Concluiu o curso normal no Instituto de Educação “Otoniel Mota” e licenciou-se em Pedagogia com habilitação em Administração Escolar e Orientação Educacional na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mogi das Cruzes – SP. Aos 21 anos foi professora primária substituta no Grupo Escolar de Dumont. Aos 22 anos foi nomeada Professor I efetivo no Grupo Escolar rural de Luziânia em Glicério. Exerceu a função de Professora primária efetiva durante um ano. Em seguida, substituiu diretores de escola por 10 anos. Aos 33 anos foi nomeada diretora de escola, por concurso de Provas e títulos, para o Grupo Escolar Rural “Sabino Soares de Camargo”, em Jaboticabal, e aos 34 anos, foi removida por concurso para o Grupo Escolar Rural da Usina Santa Elisa, em Sertãozinho. Com seus 35 anos, foi diretora do Grupo Escolar “Capitão Getúlio Lima”, em Sales de Oliveira. E aos 37 anos foi diretora da Escola Estadual de Primeiro Grau José Pedreira de Freitas, em Ribeirão Preto. Em sua trajetória, exerceu o cargo de auxiliar de inspeção e, junto ao Suporte da Oficina Pedagógica, foi membro da Equipe Técnica na área da Educação.
Professora Irene Dias Ribeiro foi uma educadora dedicada e exemplar, sempre agiu com exatidão e precisão, sendo inovadora e renovadora, semeando amizade, paz e segurança. Foi educadora de grandes virtudes, de imensa competência e capacidade pessoal.

Revide Online 
Texto e fotos: Yara Racy
* Publicado em 27/12/2013


Parabéns a toda equipe pelo trabalho desenvolvido.

Um comentário:

Jorge Ramiro disse...

A unidade escolar é muito importante. Eu trabalho em ums restaurantes em vila madalena e sempre vêm para comer algumas autoridades educacionais na região.